A Embaixada dos Países Baixos, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e Tropical Food Innovation Lab, convidam para o I Mesa Redonda:

Tema:
Aprimoramento da Cadeia de Suprimentos de Alimentos Biofortificados no Estado de São Paulo

Organização

Local:
Av. Brasil, 2880 – Vila Nova – Campinas – SP, 13070-178

Segundo a metodologia da FAO, a insegurança alimentar severa é quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos, e passa um dia inteiro ou mais sem comer.

Representa a fome concreta que, se mantida regularmente, leva a prejuízos graves à saúde física e mental, sobretudo na primeira infância, no desenvolvimento e na formação cognitiva.

O mundo ainda está longe de alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, Fome Zero, com a prevalência global de desnutrição persistindo quase no mesmo nível por três anos consecutivos, depois de ter aumentado acentuadamente após a pandemia de COVID-19. Entre 713 e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023 – uma em cada 11 pessoas em todo o mundo e uma em cada cinco na África.

FONTE: THE STATE OF FOOD SECURITY AND NUTRITION IN THE WORLD

A fome continua a aumentar em África, mas manteve-se relativamente inalterada na Ásia, enquanto se registaram progressos notáveis nas regiões da América Latina e das Caraíbas. 

O progresso em direção ao objetivo mais amplo de garantir o acesso regular a alimentos adequados para todos também estagnou; a prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave permaneceu inalterada por três anos consecutivos em nível global, embora seja importante destacar o progresso na América Latina.

Em 2023, uma estimativa 28,9% da população global – 2,33 bilhões de pessoas – sofria de insegurança alimentar moderada ou grave.

Com foco no acesso econômico a alimentos nutritivos, estimativas atualizadas e aprimoradas mostram que mais de um terço das pessoas no mundo – cerca de 2,8 bilhões – não podiam pagar uma dieta saudável em 2022. As desigualdades são evidentes, com os países de baixa renda tendo a maior porcentagem da população que não pode pagar uma dieta saudável (71,5%) em comparação com os países de renda média-baixa (52,6%), países de renda média-alta (21,5%) e países de renda alta (6,3%).

A falta de melhoria na segurança alimentar e o progresso desigual no acesso econômico a dietas saudáveis lançam uma sombra sobre a possibilidade de alcançar a Fome Zero no mundo, a seis anos do prazo de 2030. Projeta-se que 582 milhões de pessoas estarão cronicamente subnutridas no final da década, mais da metade delas na África.

Precisamos acelerar a transformação de nossos sistemas agroalimentares para fortalecer sua resiliência aos principais fatores e abordar as desigualdades para garantir que dietas saudáveis sejam acessíveis e disponíveis para todos.

O cumprimento das metas 2.1 e 2.2 dos ODS para acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição requer um financiamento maior e mais econômico, mas atualmente há
Não há uma imagem clara do financiamento para segurança alimentar e nutrição – nem o disponível nem o adicional necessário – para atingir essas metas.

Dados

FONTE: THE STATE OF FOOD SECURITY AND NUTRITION IN THE WORLD
Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Em números absolutos, 14,7 milhõEes deixaram de passar fome no país. A insegurança alimentar severa, que afligia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população.

FONTE: MINISTERIO DA AGRICULTURA DO BRASIL

O relatório SOFI

destaca avanços importantes no combate à fome no Brasil. Mostra que a insegurança alimentar severa caiu de 8,5%, no triênio 2020-2022, para 6,6%, no período 2021-2023, o que corresponde a uma redução de 18,3 milhões para 14,3 milhões de brasileiros nesse grau de insegurança alimentar.

Em números absolutos, quatro milhões saíram da insegurança alimentar severa na comparação entre os dois períodos de três anos. No entanto, como o indicador da FAO é uma média trienal, ele não permite ver claramente o impacto de 2023 na trajetória de superação da fome no país, já que, no seu resultado, ainda pesam dados de 2021 e 2022. 

FONTE: MINISTERIO DA AGRICULTURA DO BRASIL

Nutrição

No indicador de prevalência da subnutrição (PoU), uma segunda medição usada pelo SOFI, que emprega dados macroeconômicos, como produção, consumo e distribuição de alimentos no país em função da renda, o Brasil também reverteu a tendência de alta da fome verificada na gestão anterior.

Caso seja individualizado o ano de 2023 em relação ao triênio 2020-2022, a prevalência da subnutrição no Brasil caiu de 4,2% para 2,8%, redução de um terço. Isso significa que, conforme os números da própria FAO (disponíveis na base de dados FAOSTAT, que é atualizada com o relatório), individualizados para a comparação do triênio 2020-2022 com o ano de 2023, 3 milhões de pessoas saíram da condição de subnutrição crônica em 2023 (de 9 para 6 milhões de brasileiros em situação de subnutrição crônica).

FONTE: MINISTERIO DA AGRICULTURA DO BRASIL

Aliança Global

O ministro ressaltou a importância do simbolismo do relatório internacional, pela primeira vez na história, estar sendo lançado fora de Roma ou Nova York.

“A escolha de lançá-lo no Brasil foi por um motivo claro: hoje estamos dando o pontapé inicial para uma nova Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no mundo, a proposta brasileira para a Cúpula do G20 lançada pelo presidente Lula, que deverá trabalhar para reverter essa trajetória e cumprir a promessa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2, eliminação da pobreza extrema e fome zero até 2030”, afirmou Dias. “Se tudo der certo, queremos chegar ao relatório de 2030 podendo afirmar que a fome é problema do passado.

E os avanços no Brasil mostram que é, sim, possível reduzir a fome rapidamente quando se tem disposição política, recursos e conhecimento para implementar as políticas públicas que dão resultado. Essa é a proposta da Aliança”.

FONTE: MINISTERIO DA AGRICULTURA DO BRASIL

Agenda

Abertura do evento

Horário: 09:00
Embaixada dos Países Baixos

Visão geral do cenário da biofortificação no Brasil

Horário: 09:15 - Marilia Nuti - Pesquisadora Senior Embrapa
Horário: 09:45 - Katharina Diehl - Harvest Plus

Desafios e oportunidades na cadeia de suprimentos de alimentos biofortificados

Horário: 10:00

  • Produção:Lucas Zanini - Hortifruti Holambra
  • Processamento: Thiago Melchiors - Buhler
  • Distribuição: Paulo Silveira - FTH Latam
  • Consumidor: Katrin Wrede - Eletrolux

10:50-11:10 Coffee Break

Estudo de caso: Iniciativas de biofortificação no estado de São Paulo

Horário: 11:10 Luiz Rocha - Agro L Rocha Agronegocios

Horário: 11:25 Israel Stefano - Fazenda Santo Antonio

Horário: 11:40 Diane Bosch - Wageningen University Experiências e Melhores Práticas Holandesas em Biofortificação

Horário: 12:00 Sessões abertas para discussão colaborativa TBD

  • Grupo 1: Produção e Processamento
  • Group 2: Distribuição e Consumo
  • Group 3: Politica e regulatório

Horário: 13:00 Síntese das principais conclusões e recomendações sobre a cadeia de valor dos alimentos biofortificados

13:30 - Almoço e Networking

Cadeia de Valor dos Alimentos Biofortificados

Organização

Local:
Av. Brasil, 2880 – Vila Nova – Campinas – SP, 13070-178